segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Frase legal

De um comercial da Epagri: “Não é porque a água cai do céu que vamos desperdiçar”.

Novidade na tela da tv?

Estréia na Globo, na quinta-feira, uma série chamada Aline, em que uma menina tem dois namorados que aceitam o triângulo amoroso numa boa. A série é baseada nos quadrinhos Aline, de Adão Iturrusgarai. Conheci Adão quando fiz meu primeiro estágio, no primeiro mandato do prefeito Olívio Dutra, em Porto Alegre. Já naquela época ele era um ativista dos quadrinhos e batalhava para formar uma cena da arte na capital gaúcha através de revistas especializadas. Quando ouvi falar dele de novo já publicava os quadrinhos Aline na Folha de São Paulo.

Mas o que chama a atenção é que a Globo tem umas idas e vindas no eixo que vai do conservadorismo moral à liberalidade de costumes. Não é a primeira vez que temos um triângulo amoroso escancarado na tela. Basta lembrar de Armação Ilimitada, em que Andréa Beltrão (a dona de salão Marilda da Grande Família de hoje) flertava com os surfistas Juba (Kadu Moliterno) e Lula (André de Biase) num relacionamento aberto e quase sem problemas. E ainda havia o Bacana (Jonas Melo) um menino que ninguém sabe de onde surgiu e também convivia com o trio (convívio sem sexo, claro).

Armação Ilimitada foi um marco na TV brasileira justamente pela maneira anárquica de abordar os costumes e de apresentá-los em linguagem televisiva de vanguarda para a época. Lembram como o chefe da Zelda (Francisco Milani) se transformava em um certo animal ou objeto dependendo do humor em que se encontrava?

Vamos ver o que dá a Aline. Se seguir metade do que é apresentado nos quadrinhos do Adão já será uma lufada de renovação no ramerrão da teledramaturgia global que ainda tem vergonha de mostrar beijo homossexual para o público. E logo depois da Grande Família!

Dica gastronômica

Fica em Rodeio o Vale das Trutas. Fomos conhecer no domingo. Escolhemos o caminho por Timbó e o interior de Rodeio, que acaba ficando mais longo. O melhor é ir pela BR-470 até o acesso principal de Rodeio e seguir as placas. Demoramos mais de uma hora para chegar. Mas valeu o passeio.

O lugar é bem simples, rústico. O restaurante é uma casa de madeira sustentada por pilares, alguns calçados com a ajuda de pedras. A decoração tem peças de cerâmica e alguns objetos antigos, como máquina de costura e ferro de passar. Fora também há mesas em áreas cobertas, uma delas ao lado de um riozinho com agradável ruído de corredeira. Há ainda tanques com trutas e a possibilidade de pescaria.

O cardápio se resume a cinco tipos de molhos que acompanham filés de truta: castanha, tomate, champignon com alcaparras , alho e óleo e alecrim. Acompanha uma verdura, cenoura ralada, peixe frito, pirão, polenta, arroz, patê de truta e molho maionese. Vinhos e suco de uva da vinícola San Michele são as sugestões de bebidas.

Os pratos podem ser repetidos a vontade. Não conseguimos provar todos os molhos – pulamos o alho e óleo. O melhor é mesmo o de castanha. O atendimento é simpático e eficiente. O preço, R$ 31,00 por pessoa. Fica a dica de passeio e boa comida.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Dia sem carro: um fracasso de evento e de mídia em Blumenau

Pouca gente levou a sério o Dia Mundial sem Carro, pelo menos pelo que se observou em Blumenau, pelos noticiários e no engarrafamento que durou quase todo o dia no Centro da cidade. A chuva e o fechamento de uma rua no centro foram decisivos para essa pouca adesão. Mas também houve descaso com o acompanhamento do dia, tanto por parte da prefeitura quanto da mídia.

A chuva foi um grande empecilho. Afinal, sabemos que em dias chuvosos o número de automóveis aumenta nas ruas da cidade. Pelo menos intuímos isso pela experiência. Se já é difícil para os carrodependentes trocar o automóvel por ônibus ou bicicleta em dias de sol, imagine em dias de chuva.

Um outro problema foi o fechamento de uma rua no Centro de Blumenau, em rente ao Barão, para atividades educativas e de lazer. Essa administração tem mania de fechar o centro da cidade para fazer eventos. O Centro já é problemático nas horas de pico, sem o acréscimo de obstáculos como o fechamento de ruas. O resultado foi um engarrafamento quase permanente nas principais ruas centrais e algumas adjacências. Por que não fazer essas atividades no parque Ramiro Ruediger, por exemplo?

Faltou um acompanhamento mais sério dos resultados do Dia sem Carro. O Seterb poderia ter feito uma média do número de carros em determinadas ruas da cidade e em determinados horários, em dias normais, e comparar esses dados com os números do Dia sem Carro. Com isso, teríamos mais precisão de dados para divulgar. Em quatro ou cinco emissoras em que assisti matérias sobre o assunto, apenas uma veio com um “chute” do Seterb de redução de 15 por cento no número de automóveis nas ruas de Blumenau.

E por falar em mídia, com a falta de dados, o destaque ficou para o deslocamento, a pé ou de bicicleta, do prefeito e de alguns vereadores. Uma emissora dedicou uma matéria completa sobre a caminhada do prefeito de casa até a prefeitura. Poucas se dignaram a entrevistar adeptos do Dia sem Carro. Outras entrevistaram motoristas. Mas a matéria não era sobre o Dia sem Carro? Outro tema presente em todas as coberturas televisivas foi o lançamento do aluguel de bicicletas em pontos da cidade, a exemplo do que ocorre no Rio de Janeiro.

O resultado final do Dia sem Carro em Blumenau foi um fracasso. Pouca adesão e pouca discussão de fundo sobre o tema, que envolve questões ambientais, de saúde e de estrutura urbana. Quem aproveitou mesmo foram os políticos que se reuniram na praça da Figueira e foram entrevistados por toda a mídia blumenauense.

Eu, além de criticar, aproveitei para ir a pé até a clínica para a quimioterapia. Minha mulher e meu filho usaram a bicicleta para ir ao trabalho e para a escola. Enfim, a família participou do Dia sem Carro. E mais gente aderiu. Só que quase ninguém apareceu para contar a história na televisão. Evento fraco, cobertura idem.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Os pássaros e os homens*

Minha mente voa
E os pássaros,
As vezes, se asustam
Ao vê-la passando

Meus passos no chão
Se misturam a outros
E eu me assusto,
As vezes, com as pessoas.

"Se perguntarem por mim diz que estamos todos aquém da vida e um pouco antes da morte".

* Poema escrito em 1986, resgatado por um amigo da época.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Humor

Morreu o ator e dançarino Patrick Swayze. Foi em decorrência de um câncer no pâncreas, parecido com o que tenho. O problema dele foi diagnosticado no ano passado, quando comecei a sentir meu próprio problema.

Espero que as coincidências acabem por aí. Hehehe.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Uma segunda-feira (do diário de papel)

Dormi bastante, mas acordei com preguiça. Tomei café com calma. O tempo está nublado, preguiçoso também. A cadela cobra um passeio desde cedo. Ainda tenho que arrumar as camas e, depois, preparar o almoço.

Penso nas sete semanas que restam de tratamento. Tomara que sejam tranquilas como esta última. Vou tentar retomar atividades intelectuais e físicas - já estou fazendo isso, aliás. Mas agora é essa preguiça.

Melhorei de disposição no final da manhã. Arrumei as camas, lavei a louça do café e preparei o almoço. Passeio com a cadela, só à tarde. O tempo fechou de vez e ameaça chuva. Mas minha preguiça exagerada passou. Li um pouco.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Bicicletas

Estou gostando de ver essa mobilização do poder público a favor do uso de bicicletas em Blumenau. Pode não ser a solução definitiva para o trânsito, mas é uma alternativa importante aos carros que enchem as principais ruas da cidade em horários de pico. Além disso, faz jus a uma tradição européia que a cidade quer ter, mas que se apresenta de fachada na maior parte do tempo. Com as bicicletas tendo mais espaço para circular e com o aluguel das magrelas em terminais de ônibus, os usuários começam a ter mais alternativas com soluções práticas como as que são adotadas em países da Europa.

Eu sou um adepto das bicicletas e só não uso mais em Blumenau por falta de espaço, o que provoca riscos a quem usa esse meio de transporte. E basta uma circulada pelo centro da cidade ou no parque Ramiro Ruediger para que se vejam muitas famílias pedalando cidade afora.

Seja para o lazer ou para o transporte, a bicicleta é uma alternativa saudável para o trânsito das cidades médias e grandes. Quando todo o projeto das ciclovias estiver pronto, abarcando a maior parte da cidade e o sistema de aluguel de bicicletas implantado em todos os terminais de ônibus poderemos nos sentir mais europeus na prática.