Este blogueiro se encontra em crise. Não suportou ter que atualizar diariamente o blog e ainda ter que participar do twitter a cada uma hora. É claro que essas foram metas estabelecidas por uma mente perturbada pela hiperatividade que funciona em um cérebro que encolhe - não consigo mais escutar música enquanto leio!
Assim, este blog voltará em maio, com atualização semanal, aos sábados, como uma opção de leitura light para o fim de semana. Até lá continuo no twitter e vou dar uma olhada no tal de Facebook. Quando inaugurar o blog jornalismo blumenau, do 3o período do IBES Sociesc, ponho o link aqui. Também teremos um espaço no ..., naquele site de publicação de fotos on line (é o cérebro encolhendo).
Bem, até maio. Ou a qualquer momento, num espasmo mental extraordinário.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
terça-feira, 7 de abril de 2009
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Jornalismo se aprende na escola
No momento em que o Recurso Extraordinário número 511961, que questiona a necessidade de diploma de curso superior específico para o exercício do jornalismo, entra na pauta do Supremo Tribunal Superior, é importante que consideremos uma série de razões que justificam o título deste comentário.
Em primeiro lugar, ao longo de mais de 200 anos de história, o jornalismo deixou de ser uma atividade restrita a grupos com interesses políticos comuns e passou a ser um bem público. As notícias hoje têm um caráter duplo: são mercadorias e informações de interesse público. A primeira característica garante que sejam trocadas por espaços publicitários, que sustentam os veículos de comunicação. A segunda indica que as informações publicadas devem ser úteis para que os consumidores compreendam o mundo em que vivem e sejam capazes de agir em igualdade de condições na consolidação da democracia e na promoção da cidadania.
Em segundo lugar, o compromisso do jornalismo atual com a democracia e a cidadania exige um profissional que incorpore esses princípios na sua atividade diária. O jornalista deve respeitar as fontes, a hierarquia das redações e os princípios éticos da atividade. Mas deve ser comprometido principalmente com a qualidade da informação que recolhe, elabora e divulga. É nisso que consiste basicamente a técnica e a ética jornalísticas. Ouvir os vários envolvidos, presumir a inocência, evitar a invasão da privacidade e vigiar os poderes constituídos são tarefas do bom jornalista.
Finalmente, os obstáculos ao exercício da profissão também mudaram na história do jornalismo. O ritmo do trabalho tem se acelerado consideravelmente, graças principalmente à evolução tecnológica.. A pressão política e econômica se sofisticou com a incorporação de assessorias de imprensa que contribuem para transformar comunicados interessados em notícias.
Não há mais o jornalismo romântico, aquele que era aprendido na prática graças ao talento e à dedicação quase sacerdotal de boêmios escritores, do qual nos fala Gabriel Garcia Marquez. O jornalismo virou profissão, regulamentada no Brasil desde 1969. Como profissão, tem seu corpo teórico, sua ética, suas técnicas e seus princípios sociais. Tudo isso é aprendido e discutido nas escolas de Comunicação Social. Nelas, busca-se a formação de um jornalista capaz de entender a sociedade em que atua e evitar as pressões diversas que ameaçam a atividade. Um jornalista engajado na promoção do bem-comum e não nos benefícios de uns poucos.
Em primeiro lugar, ao longo de mais de 200 anos de história, o jornalismo deixou de ser uma atividade restrita a grupos com interesses políticos comuns e passou a ser um bem público. As notícias hoje têm um caráter duplo: são mercadorias e informações de interesse público. A primeira característica garante que sejam trocadas por espaços publicitários, que sustentam os veículos de comunicação. A segunda indica que as informações publicadas devem ser úteis para que os consumidores compreendam o mundo em que vivem e sejam capazes de agir em igualdade de condições na consolidação da democracia e na promoção da cidadania.
Em segundo lugar, o compromisso do jornalismo atual com a democracia e a cidadania exige um profissional que incorpore esses princípios na sua atividade diária. O jornalista deve respeitar as fontes, a hierarquia das redações e os princípios éticos da atividade. Mas deve ser comprometido principalmente com a qualidade da informação que recolhe, elabora e divulga. É nisso que consiste basicamente a técnica e a ética jornalísticas. Ouvir os vários envolvidos, presumir a inocência, evitar a invasão da privacidade e vigiar os poderes constituídos são tarefas do bom jornalista.
Finalmente, os obstáculos ao exercício da profissão também mudaram na história do jornalismo. O ritmo do trabalho tem se acelerado consideravelmente, graças principalmente à evolução tecnológica.. A pressão política e econômica se sofisticou com a incorporação de assessorias de imprensa que contribuem para transformar comunicados interessados em notícias.
Não há mais o jornalismo romântico, aquele que era aprendido na prática graças ao talento e à dedicação quase sacerdotal de boêmios escritores, do qual nos fala Gabriel Garcia Marquez. O jornalismo virou profissão, regulamentada no Brasil desde 1969. Como profissão, tem seu corpo teórico, sua ética, suas técnicas e seus princípios sociais. Tudo isso é aprendido e discutido nas escolas de Comunicação Social. Nelas, busca-se a formação de um jornalista capaz de entender a sociedade em que atua e evitar as pressões diversas que ameaçam a atividade. Um jornalista engajado na promoção do bem-comum e não nos benefícios de uns poucos.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Jornalismo: engajamento
Algumas horas depois de ter vestido blazer e gravata para a entrega dos prêmios de imprensa, vesti bermuda e camisa e fui para o sol, de banner em punho, panfletear a favor do diploma para jornalista. Contei com a presença do colega Formiga e de um aluno. Entregamos uns 200 e poucos panfletos para os transeuntes, a maioria deles sem a mínima noção do que a gente estava falando: "Jornalista por formação", "Bom dia; a favor do diploma para jornalista". Mas fizemos a nossa parte daquele trabalho de formiguinha.
Acompanhei a sessão do STF. Começou com meia hora de atraso. Houve uma hora de trabalhos, com exposições de representantes do PDT, da ONG Artigo 19 e da ABI, que pediram a extinção da Lei de Imprensa na íntegra. Depois de mais uma hora de ointervalo, a sessão recomeçou. O relator do processo sobre a Lei de Imprensa, Ayres Britto, levou uma hora e meia para ler o voto dele, pedindo a revogação da lei. Mais um ministro votou no mesmo sentido e a votação foi interrompida – aí eu já não estava assistindo mais, estava em aula.
A questão do diploma para jornalista foi adiada para o dia 15 de abril.
Acompanhei a sessão do STF. Começou com meia hora de atraso. Houve uma hora de trabalhos, com exposições de representantes do PDT, da ONG Artigo 19 e da ABI, que pediram a extinção da Lei de Imprensa na íntegra. Depois de mais uma hora de ointervalo, a sessão recomeçou. O relator do processo sobre a Lei de Imprensa, Ayres Britto, levou uma hora e meia para ler o voto dele, pedindo a revogação da lei. Mais um ministro votou no mesmo sentido e a votação foi interrompida – aí eu já não estava assistindo mais, estava em aula.
A questão do diploma para jornalista foi adiada para o dia 15 de abril.
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Jornalismo: glamour e engajamento
Esta semana tem sido especialmente dedicada à discussão sobre o Jornalismo. É que hoje o STF julga a necessidade ou não do diploma de curso superior específico para o exercício da profissão no Brasil. Não é pouca coisa para quem é jornalista, professor de jornalismo, coordenador de curso de jornalismo e diretor do sindicato dos jornalistas de SC.
Na segunda-feira, promovemos um debate com um representante do sindicato e da associação de imprensa (era a mesma pessoa, já que o presidente da associação estava trabalhando em Florianópolis), ex-alunos do curso (um apareceu) e estudantes de três turmas. Foi melhor do que eu esperava. Os alunos se interessaram e fizeram perguntas pertinentes. No final, falei que nenhum juiz ou tribunal pode decretar o fim do sonho de quem escolheu o jornalismo como forma de realização profissional e pessoal. Sim, eu acredito nisso!
Na terça, participei como convidado da entrega do troféu Rodolfo Sestrem (o falecido Galo, grande figura do radialismo esportivo e popular de Blumenau), promovido pelo jornal Voz da Razão (que competou 21 anos de circulação!). O troféu engloba categorias ligadas ao rádio e à tv, como apresentadores, repórteres e comentaristas. Vários alunos do IBES Sociesc concorriam aos troféus. Foi bom reencontrar colegas e conhecer outras pessoas ligadas à área. Há uma renovação de profissionais no rádio e na tv, com muitos jovens promissores egressos das escolas de jornalismo atuando na cidade que foi pioneira na comunicação no estado. Entre as falas, apareceu muito a de que a categoria deveria se encontrar mais vezes para reforçar sua união. Concordo plenamente.
Hoje participo de uma panfletagem no centro da cidade. Convidei os alunos. Espero que apareçam alguns. Enviei um artigo para um jornal da cidade sobre o assunto, com o título de Jornalismo se aprende na escola, mas não foi publicado. É assim mesmo. O trabalho de consolidação da atividade jornalística é daqueles de formiguinha (Formiga, aliás, é o sobrenome do meu colega de profissão e de sindicato em Blumenau). São muitas as pressões pela desregulamentação. Mas não podemos nos omitir. Se não formos nós jornalistas, professores e estudantes a defender a categoria e a profissão, quem irá fazê-lo?
Vamos à luta. O sonho de um jornalismo de qualidade não pode acabar.
Na segunda-feira, promovemos um debate com um representante do sindicato e da associação de imprensa (era a mesma pessoa, já que o presidente da associação estava trabalhando em Florianópolis), ex-alunos do curso (um apareceu) e estudantes de três turmas. Foi melhor do que eu esperava. Os alunos se interessaram e fizeram perguntas pertinentes. No final, falei que nenhum juiz ou tribunal pode decretar o fim do sonho de quem escolheu o jornalismo como forma de realização profissional e pessoal. Sim, eu acredito nisso!
Na terça, participei como convidado da entrega do troféu Rodolfo Sestrem (o falecido Galo, grande figura do radialismo esportivo e popular de Blumenau), promovido pelo jornal Voz da Razão (que competou 21 anos de circulação!). O troféu engloba categorias ligadas ao rádio e à tv, como apresentadores, repórteres e comentaristas. Vários alunos do IBES Sociesc concorriam aos troféus. Foi bom reencontrar colegas e conhecer outras pessoas ligadas à área. Há uma renovação de profissionais no rádio e na tv, com muitos jovens promissores egressos das escolas de jornalismo atuando na cidade que foi pioneira na comunicação no estado. Entre as falas, apareceu muito a de que a categoria deveria se encontrar mais vezes para reforçar sua união. Concordo plenamente.
Hoje participo de uma panfletagem no centro da cidade. Convidei os alunos. Espero que apareçam alguns. Enviei um artigo para um jornal da cidade sobre o assunto, com o título de Jornalismo se aprende na escola, mas não foi publicado. É assim mesmo. O trabalho de consolidação da atividade jornalística é daqueles de formiguinha (Formiga, aliás, é o sobrenome do meu colega de profissão e de sindicato em Blumenau). São muitas as pressões pela desregulamentação. Mas não podemos nos omitir. Se não formos nós jornalistas, professores e estudantes a defender a categoria e a profissão, quem irá fazê-lo?
Vamos à luta. O sonho de um jornalismo de qualidade não pode acabar.
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