segunda-feira, 29 de junho de 2009

Capítulo 1 - parte 6

O fato mais marcante da vida do menino, no entanto, é do tempo em que o freqüentava sozinho. Foi numa tarde em que resolveu subir no muro que dividia o pátio com o terreno da casa à direita. Construído com pedras, o muro tinha uns três metros de altura e apresentava defeitos, com algumas pedras soltas e irregulares. O menino arteiro quis andar sobre o muro. Subiu e, ao dar os primeiros passos sobre as pedras, tropeçou, tombando para o pátio vizinho. O pavor inicial do tombo iminente foi substituído pela surpresa, quando percebeu que a queda fora suave e vagarosa, como se alguém o tivesse segurado e o pusesse suavemente no solo. Confuso e alegre, Guilherme subiu rapidamente no muro e voltou para a casa da avó, são e salvo.

2 comentários:

Adriana disse...

Nossa, tá muito gostoso de ler isso aqui!!!!!

Abração Arteche!!!

Anônimo disse...

Tirando o 'três metros de altura' que talvez pudesse ser trocado como algo menos técnico (já que o enredo é de pura simplicidade, infância e um possível fato desmedido), continua bem articulado.

Não sei se estás escrevendo a cada sopro. Mas, me parece que sabes exatamente onde estás pisando.