Nada de novo no passeio com a cadela pela manhã. Soltei o bicho da coleira em um terreno que cercaram na esquina do prédio em que moro. Ela não foi muito longe e veio logo que assoviei para ser acorrentada de novo.
No UOL vejo uma notícia de um bombeiro que se fantasiou de homem-aranha para salvar uma criança autista que saíra pela janela da escola em que estuda, na Tailândia (http://noticias.uol.com.br/album/090324_album.jhtm?abrefoto=1). O menino não atendia o chamado de ninguém, mas caiu nos braços do super-herói assim que o viu.
Vivemos hoje como aranhas desajeitadas. Criamos heróis que acabam por salvar as vidas de nossos filhos. Acostumamos animais a viverem acorrentados perto de nós. Ficamos dependentes do que criamos. Cada um se enreda nas teias que tece é o que diz no meu Orkut. Só que, ao contrário das aranhas, acabamos literalmente enredados em nossas crenças e construções da realidade.
A alternativa a isso é viver acreditando em destino escrito nas estrelas. Mas como saber se esse destino não é mais uma teia construída por nós a nos enredar na vida? Não há alternativa, na verdade. Vivamos como aranhas desajeitadas e tentemos chegar ao fim da vida ao menos com um olho descoberto para ver o que está acontecendo ao redor do nosso embrulho.
2 comentários:
Partindo de um princípio existencial, é isso mesmo: "Só que, ao contrário das aranhas, acabamos literalmente enredados em nossas crenças e construções da realidade."
Nada mais a comentar.
Não estamos lendo sobre guerras interdimensionais e vigilantes mascarados, mas sobre nossa própria realidade. Mesmo ao cometer erros, o herói nos ensina algo sobre nós mesmos.
Trazendo o potencial de melhorar nossas vidas e de inspirar através do exemplo, as histórias em quadrinhos de super-heróis seguem como uma relevante forma de expressão narrativa. Para tanto, às vezes, uma "Crise" se faz necessária.
Universo DC - Crises e reflexões
Por Marcus Vinicius de Medeiros
22/11/2005
PS: sabia que esse pedaço de texto poderia se encaixar em algum lugar quando o vi!!!
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