quinta-feira, 26 de março de 2009

Drummond

De repente me veio a idéia de divulgar aqui alguns poemas dos meus preferidos. Afinal, coisas boas devem ser espalhadas por aí. E um poema, mesmo daqueles terríveis como Versos íntimos (...Acostuma-te à lama que te espera!...) é sempre uma coisa boa.


Então resgatei Drummond, que estava lá atrás, na estante, junto com a Divina Comédia e alguns livros do Bukowski. Quando mais jovem, lia os poemas e marcava os que mais me impressionavam. No volume 1 da Nova reunião, com 19 livros do Drummond, logo o primeiro está marcado. Chama-se Poema das sete faces, do qual seguem dois trechos:


Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
(...)
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

2 comentários:

Anônimo disse...

Recentemente, li Amor Natural que ficou arquivada até a sua morte.

O que me espantou com isso foi perceber a capacidade que grandes poetas tinham, como ele, de guardar dentro de si o que jamais se pensara por parte de nós.

Grandes poetas são, como nós também: uma incógnita. A diferença é que conseguem escrever.


Obs: Já que tem Bukowski, não deixe de colocar uma desse velho na próxima.

Béio Cardoso disse...

Fala Professor!

Conversei c/ o Duque acho que vamos conseguir trabalhar juntos!

Ahhh postei um material do Drummond, quando tivere um tempo da uma olhada!

http://praladetrinta.blogspot.com/search/label/Pensadores