Estava no hospital recuperando-se de uma cirurgia. No dia anterior, recebera sangue em vez dos medicamentos para dor e enjôos, porque estava anêmico. No meio da noite, sentiu que seu corpo era jogado com força de algum lugar mais alto para o leito. Guilherme acordou com o choque no colchão e imediatamente começou a sentir as dores do trauma sofrido dois dias antes, aquela cirurgia que modificou-lhe o estômago e o intestino, deixando uma cicatriz de doze centímetros no ventre.
A mãe dele não estava lá e, por isso, não perguntou nada. Se tivesse perguntado o que tinha havido, Guilherme teria apontado o dedo para o céu e respondido a ela.
- Mãe, ele me abandonou.
3 comentários:
Mas com certeza ele não o abandonou. Deus simplesmente deve querer que tu e as pessoas ao teu redor tirem alguma lição disso tudo. E acho que Deus já está conseguindo não é!?
Em breve essa fase difícil não passará de uma lembrança distante. E muito provavelmente tu sairá disso tudo uma pessoa muito melhor.Não tenho dúvidas quanto a isso.
Na torcida sempre!
Beijo grande
Guilherme sabe que ele existe e sabe que ele não o abandonou. Só perdeu a inocência de criança. Lá, no fundo, no fundo, ele sabe que doze centímetros de cicatriz, não são doze de abandono. Mas inifitos de esperança.
Rumo ao capítulo II. Não pare.
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