sexta-feira, 24 de julho de 2009

Cena praiana

O mar estava calmo em Itapema, quase sem ondas. Apenas uma marolinha fraca se formava próximo à areia. O sol das 10 e pouco da manhã se espraiava pelo mar, formando um tapete prateado sobre a água. Na beira do mar um peixe se debatia, brilhando nos reflexos do sol, na luta contra uma gaivota e uma garça que o bicavam em busca de alimento.

Segui de bicicleta em direção ao mar. A gaivota voou logo. A garça parou por um momento seus ataques, prestando atenção na minha aproximação. Parei.
O peixe começou a saltitar em sentido contrário ao mar. Está morrendo, pensei, não sabe mais para onde vai. Mas sabia. O repuxo de um canal levou o peixe de volta ao mar rapidamente, liberando-o do ataque da garça, que perdeu de vez o petisco.

Então tudo voltou a ser como antes. O mar calmo, prateado pelo sol, e uma garça na praia. Tudo lindo na superfície, apesar da fome e da morte.

3 comentários:

Anônimo disse...

É muito observar os pequenos detalhes da vida...e cada dia...por mais iguais que pareçam....sempre surgem de uma forma diferente. A música nunca é a mesma, pois depende do que há no coração.

Cícero Nogueira disse...

Que ótimo é poder parar pra observar as coisas (realmente) boas da vida! Quando paramos para estes momentos de contemplação, conseguimos passar para o papel um texto tão leve e despretencioso como este... Te conto que estou de férias do trabalho e, apesar do frio, tenho me voltado para mim, olhado para meu interior e refletido sobre a vida. Tenho buscado colocar minhas leituras em dia. Isso é ótimo, né professor?
Te mando um abraço. Volte logo.

Cícero Nogueira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.